Consumo de álcool nos jovens - estudo do SICAD

O Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências - SICAD divulga estudo sobre disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais abertos ao público.


Este estudo deu particular atenção aos padrões de consumo de álcool por parte de jovens em geral e adolescentes em especial. Envolveu uma amostra significativa, quer de jovens, quer de comerciantes e não se limitou aos grandes centros urbanos, incidindo também no interior do país, nomeadamente no Alentejo.

Foram considerados, também, três estudos conduzidos em simultâneo, realizados entre alunos do ensino secundário, estudantes universitários e público jovem de um festival de verão. Por fim, foram considerados indicadores indiretos recolhidos de várias instituições.

Conclusões do estudo:
  • Não se verificou menor consumo de álcool por parte dos jovens, nem uma redução dos problemas associados ao consumo de bebidas alcoólicas, nomeadamente em adolescentes
  • As práticas de fiscalização e controlo por parte dos estabelecimentos comerciais parecem não ter aumentado depois da aprovação das recentes alterações legislativas, pelo que a aplicação da lei tende a ser, em alguns aspetos, percecionada como ineficaz.
As entrevistas realizadas aos jovens permitem concluir que a sua relação com o álcool é sobretudo instrumental e que o consumo de bebidas alcoólicas consiste essencialmente num fenómeno de grupo, pelo que deve ser enquadrado no plano social.

Recomendações do estudo:
  • É necessário criar condições, aumentar e garantir a visibilidade do controlo e uma fiscalização mais eficaz no que diz respeito ao consumo e à venda de bebidas alcoólicas. Nesse âmbito, parece justificar-se a implementação de medidas mais restritivas, nomeadamente no que toca ao acesso a bebidas alcoólicas por parte de menores de idade. Tal, aliás, recebe o consenso dos jovens e profissionais participantes nos estudos realizados. 
  • Dado que os comportamentos não se alteram apenas por via legislativa, face aos resultados, recomenda-se, em paralelo, um maior investimento em campanhas informativas, estratégias preventivas e de redução de riscos e minimização de danos em determinados contextos, e um sério investimento educativo na responsabilização de todos os atores, no pressuposto de que é a mudança de mentalidades que conduz à alteração dos comportamentos.
Fontes:

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