HEPATITES - um nome que todos temem...

Ao longo do último ano, tem sido cada vez mais frequente ouvirmos nos media notícias relacionadas com hepatite, mais nomeadamente, com a hepatite C e com as negociações que estão a ser desenvolvidas entre o Ministério da Saúde e um laboratório farmacêutico que detém a patente de um medicamento com elevada taxa de eficácia no tratamento desta infeção. Mas o que é a hepatite? Que tipos de hepatite existem? Quais as consequências? Como se previnem? Como se tratam?
Em termos gerais, aplica-se o termo hepatite a uma inflamação no fígado. Essa inflamação pode ter várias origens, como vírus, bactérias ou produtos tóxicos como álcool, drogas lícitas ou ilícitas. 

As consequências das hepatites podem variar, temendo-se as situações em que podem tornar-se crónicas e levar a complicações como a cirrose, insuficiência hepática e o cancro no fígado. As hepatites mais temidas têm uma origem vírica, estando, atualmente, identificados seis tipos de vírus causadores de inflamações no fígado: hepatite A; hepatite B; hepatite C; hepatite D; hepatite E e hepatite G. Os vírus têm períodos de incubação diferentes e, em muitas situações, os doentes não apresentam sintomas por tempos prolongados.


Os vírus da hepatite podem ser transmitidos através da água e de alimentos contaminados com matérias fecais (A e E), pelo contacto com sangue contaminado (B, C, D e G) e por via sexual (B, C e D). Dos mais gravosos, destacam-se os vírus das hepatites B e C, que têm maiores taxas de mortalidade associadas. As hepatites A e E não se tornam crónicas, enquanto a passagem à situação da cronicidade é bastante elevada na hepatite C e comum nas hepatites B, D e G. 

Conseguiram produzir-se vacinas para as hepatites A e B (esta última, constitui uma forma muito gravosa de hepatite), mas ainda não foi possível para as restantes. 

Atualmente, morrem mais pessoas devido à hepatite C do que por causa do vírus do VIH/SIDA


Além da vacinação (para os tipos A e B), devem tomar-se as medidas de prevenção universais: todo o instrumento cirúrgico e não cirúrgico (tesoura, escova de dentes, material dentário, material utilizado em tratamentos de estética) deverá ser corretamente limpo e se possível esterilizado; limpar com álcool não é suficiente. Toda a precaução deve estar presente nas relações sexuais (uso do preservativo).


Estima-se que em Portugal existam entre 100 000 a 150 000 portadores crónicos do vírus da hepatite C e que cerca de 80% desenvolvem hepatite crónica, potencialmente fatais acrescendo, que os terapêuticas/tratamentos existentes, devido ao seu custo extremamente elevado, não são de fácil acesso e não são ainda garantidos a todos os doentes que deles necessita. A título exemplificativo dos valores exorbitantes, salienta-se a notícia da oferta de 100 tratamentos para Portugal pela farmacêutica (Vide: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/laboratorio-oferece-cem-tratamentos-para-hepatite-c-1682486) que detém os direitos do medicamento, o que equivale a cerca de 1 milhão de euros com base nos preços de referência.


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Fontes

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